Saiba como impulsionar a Comunicação Não Violenta no trabalho

Você sabia que desenvolver habilidades da comunicação não violenta pode ajudar a impulsionar a gestão da empresa, as suas relações profissionais e até pessoais? É preciso saber alinhar a linguagem ao público-alvo, saber como solucionar conflitos, perceber as necessidades da equipe e se comunicar de forma eficiente.

Então, siga a leitura e aprenda mais sobre o conceito de comunicação não violenta para aproveitar todas as suas vantagens. Essa abordagem tem pilares, benefícios, conceitos e, claro, formas práticas de implementação. Vamos lá?

O que é comunicação não violenta (CNV)? 

O termo comunicação não violenta (CNV) te despertou curiosidade? 

Trata-se de uma abordagem que promove a compreensão e a resolução de conflitos de forma consciente, eficiente, empática e construtiva, com real conexão humana e geração de relacionamentos saudáveis.

Essa habilidade é essencial para a gestão de pessoas, já que propõe uma nova forma de expressar necessidades, acolher, conciliar e pacificar. A prática apresenta ferramentas úteis para superar desafios nas relações causadas pela má comunicação ou pelo medo do conflito. 

O conceito foi sistematizado pelo psicólogo Marshall Rosenberg, que escolheu o nome “comunicação não violenta” inspirado em Gandhi e Martin Luther King. 

Marshall observou episódios de violência motivados por preconceitos e, em sua análise,  percebeu que existem pessoas que conseguem contribuir espontaneamente nesses cenários, agindo de forma benevolente. 

Ele investigou o que leva a esses comportamentos e percebeu que a linguagem e o uso das palavras são essenciais para agirmos de forma violenta ou não violenta. 

Marshall Rosenberg é o autor do livro sobre CNV denominado “Comunicação não violenta - Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais” onde investigou o papel da linguagem nos relacionamentos.

Ele identificou padrões que chamou de “linguagem alienante da vida”, como os hábitos de julgar, rotular, criticar e diagnosticar. 

Antes do conceito ser desenvolvido, a CNV já era usada. Mas, a partir do estudo do psicólogo Marshall Rosenberg foi possível sistematizar suas boas práticas e como treinar tais habilidades.

Os 4 pilares da comunicação não violenta e como implementá-los

Você já entendeu a teoria do conceito e quer entender mais para colocar em prática? 

Saiba que a investigação do autor o levou a identificar os 4 componentes da comunicação não violenta. Quando nos comunicamos a partir desses componentes, é possível contribuir para uma comunicação mais eficaz.

Os 4 componentes são: Observação, Sentimentos, Necessidades e Pedidos. Então siga a leitura e entenda os pilares que não podem faltar nessa implementação:

1. Observação

A primeira ação é observar. É preciso questionar se a mensagem recebida através de ações ou falas acrescenta aspectos positivos. A observação deve ser feita sem julgamentos, separando o que de fato aconteceu da sua análise pessoal. É a descrição factual da realidade.

2. Sentimentos

Na comunicação não violenta, é preciso levar em conta a expressão dos sentimentos, da vulnerabilidade, da aproximação. Os sentimentos descrevem a experiência, mensagens valiosas sobre o que é importante para a pessoa que fala. 

3. Necessidades

Os sentimentos são mensageiros sobre necessidade e, por isso, ampliar o vocabulário sobre elas torna mais fácil a conexão e o entendimento entre as pessoas. Ao compreender o sentimento que a situação despertou, é possível saber quais necessidades estão ligadas a ele e como atendê-las.

4. Pedidos

A comunicação não violenta pede que, baseadas em ações concretas, as pessoas solicitem o que querem dos outros. Com o uso de uma linguagem positiva e afirmativa, sem frases ambíguas ou genéricas. 

Dicas práticas de comunicação não violenta

De acordo com Marshall Rosenberg, a comunicação não violenta é construída a partir de habilidades de linguagem em vez de reações automáticas. A implementação da CNV pede respostas mais conscientes, escuta ativa, atenta e autorreflexão.

Esse processo envolve ao menos dois indivíduos, emissores e receptores. Nesse processo, é preciso prestar atenção no relato, nas necessidades e nos sentimentos, entendendo os seus limites e comunicando de forma respeitosa e transparente.

Para colocar a CNV em prática, entenda o seu passo a passo: 

Analise pessoas e contextos

Analise o interlocutor enquanto separa os seus pensamentos de possíveis julgamentos. Tente compreender as diferentes mensagens que o outro deseja transmitir, mesmo que o próprio indivíduo pareça incerto, confuso, misturando ideias.

Deixe que a pessoa fale e aproveite a oportunidade para que ela comunique com calma, sendo entendida e demonstrando as suas possíveis necessidades.

Defina os sentimentos encontrados

Os sentimentos dos envolvidos podem mudar, sendo mais ou menos claros, confusos, bem definidos, mais acalorados… Durante essa jornada, tenha atenção tanto ao que você está sentindo quanto às emoções dos outros.

Compreenda as necessidades

Reflita sobre as necessidades que foram transmitidas nas mensagens e perceba se elas estão alinhadas com o que é possível atender, de forma que essas demandas possam ser supridas com eficiência ao longo do tempo.

Comunique com eficiência

Com uma linguagem clara, objetiva, honesta e transparente, diante de todas as observações feitas, argumente sobre ideias e até sentimentos. Mantenha o respeito às ideias do interlocutor, buscando uma solução em comum acordo. 

Evite julgamentos 

Sempre irão existir opiniões diferentes - e é preciso respeitá-las. Evitar julgamentos vai te ajudar a ser mais racional na hora de buscar uma solução em comum acordo, evitando também possíveis conflitos futuros. Conquiste a confiança e respeite o outro para comunicar melhor.

Exemplos de CNV no trabalho

Conheça alguns possíveis exemplos da comunicação não violenta em situações do dia a dia, sempre seguindo os pilares de:

  • observar sem julgamentos;
  • identificar e compreender os sentimentos;
  • identificar e compreender as necessidades;
  • expresse comunicar de forma clara;
  • buscar soluções em comum.

Exemplo 1:

Ao invés de dizer que o colaborador "não contribui nas reuniões", prefira comunicar de forma mais factual, como: "Percebi que, nas últimas quatro reuniões, você não compartilhou ideias".

Exemplo 2:

Para dizer que o colaborador “precisa ser mais responsável", é interessante comunicar de forma objetiva, respeitadora e factual, como: "Eu valorizo muito a responsabilidade com as tarefas. Como podemos trabalhar juntos para alcançar esse objetivo?"

Exemplo 3:

“Quando comunicamos dessa forma (observação), acabo sentindo frustração por não alcançarmos boas soluções (sentimento). Para que possamos resolver demandas com mais produtividade, precisamos otimizar esse processo (necessidade). Da próxima vez, podemos nos reunir em minha sala para dedicarmos tempo à conversa (pedido)”.

Exemplo 4:

Ao invés de dizer que o colaborador “não faz um bom trabalho", é melhor “solicitar revisões das expectativas para que as tarefas sejam concluídas segundo os objetivos”.

CNV nas ferramentas digitais de trabalho 

A comunicação não violenta pode ser usada também no dia a dia das ferramentas digitais de muitas empresas. Ao usar as ferramentas virtuais de trabalho, você pode aplicar a CNV da seguinte forma:

1. E-mails

Redija e responda e-mails com uma linguagem clara e respeitosa. Evite agressões, sarcasmos ou críticas desnecessárias. Expresse seus sentimentos e necessidades de forma empática, transparente e buscando soluções construtivas.

2. Mensagens instantâneas: 

Nos chats corporativos, evite linguagem agressiva ou ofensiva. Use palavras e frases empáticas, gere compreensão, fique atento ao tom usado e certifique-se de que as informações sejam claras e respeitosas. O uso de emojis ajuda a demonstrar suas emoções através de texto, o que pode ser bastante útil.

3. Videoconferências:

Durante videoconferências, aplique a comunicação não violenta ao expressar e ouvir opiniões. Evite interromper, falar de forma agressiva - mostre respeito e empatia mesmo com pontos de vista divergentes. Busque colaborar de forma construtiva.

4. Colaboração em documentos:

Ao colaborar em documentos compartilhados, use boa linguagem, bons feedbacks ou comentários. Evite críticas desnecessárias e a linguagem agressiva. Expresse opiniões de forma construtiva, focando nas soluções.

5. Fóruns e grupos:

Se você participa de fóruns ou grupos, aplique a comunicação não violenta. Evite ataques, linguagem agressiva ou ofensiva. Ao contrário: mostre respeito pelas opiniões, mesmo que você discorde delas, sempre em um diálogo saudável e construtivo.

Benefícios de implementar a comunicação não violenta

As boas práticas de comunicação não violenta ajudam nas resoluções de problemas que pessoas e profissionais enfrentam. 

A CNV vai muito além de um jeito “certo” de falar, pois alcança a prática da empatia e traz uma série de benefícios para as relações, para o desempenho da equipe e da empresa. Ela é útil para comunicação interna da empresa, gestão do sucesso do cliente, redes sociais e mais. 

No mundo corporativo, ela pode integrar pessoas, reforçando a transparência, honestidade e foco na resolução de demandas. A CNV está dentro do atendimento humanizado, do ambiente de trabalho saudável e produtivo.

O Zoho Workplace é a suíte de aplicativos de colaboração que pode te ajudar na jornada com a CNV! A plataforma inclui e-mail, intranet, processador de texto, planilhas, apresentações e outras ferramentas para o ambiente de trabalho. 

O software facilita práticas e processos alinhados com os princípios da CNV, como a comunicação eficiente, clara e objetiva, a observação, expressão de necessidades e a colaboração em demandas.

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